domingo, 27 de junho de 2010

DE ASSOLADO PARA RESTAURADO!

Neemias cap.s 1 e 2
Após 70 anos de cativeiro, muitos dos judeus que foram despatriados por Nabucodonozor, haviam se estabelecido no exílio, e agora gozavam de tranquilidade financeira, estando confortáveis e já esquecidos de sua terra natal. Entre estes felizardos, Neemias se diferenciava por se preocupar com seu país, e quando teve oportunidade, procurou saber o estado atual em que se encontrava a capital Jerusalém. Foi impactado com as tristes notícias, dadas por Hanâni, que passara pelo local, e que informou a Neemias da desolação da cidade e da miséria dos que restaram por lá. Este ficou muito abalado, e entristeceu-se muito, passando a jejuar e a orar a respeito. Passaram-se uns 5 meses, e ele, de serviço como copeiro do imperador, foi questionado por este sobre sua visível tristeza. Ele respondeu ao monarca a razão de sua angústia, ao que o rei o autorizou a ir até sua cidade para reconstruir seus muros. Esta narrativa nos dá lições preciosas para nossa vida atual, sobre quais devem ser as nossas atitudes para reverter a assolação. A primeira é: devemos utilizar corretamente a nossa tristeza. Se nos deixarmos levar pela tristeza e desistirmos, ou pior, nos revoltarmos contra Deus, estaremos a utilizando erradamente, mas, se nos prostarmos aos pés do Senhor para clamarmos pelo seu socorro, então estaremos usando corretamente nossa tristeza. A segunda atitude é buscarmos ao Senhor confiados em sua bondade. Isto fazemos quando clamamos a Deus reconhecendo sua divindade, sua dignidade e sua fidelidade à aliança feita conosco, assumindo que a assolação é devido aos nossos pecados, de nossos familiares e até mesmo daqueles que não conhecemos, mas cujas atitudes iníquas produzem consequência em nossas vidas. Este clamor deve ser constante e persistente, até recebermos a resposta. A terceira atitude é nos disponibilizarmos como meros instrumentos em suas mãos para que a assolação seja revertida. Para tanto, precisamos entender que nada acontecerá se o Senhor não agir, pois o poder de efetuar tem sua origem em Deus. A quarta atitude é estarmos atentos para reconhecer e aproveitar a oportunidade que Deus preparará para nós, sabendo que ela é única e breve, que se a perdermos, nunca mais a teremos. A quarta atitude é termos a visão do corpo de Cristo, sabendo que não estamos sós neste interseção, mas que nossos irmãos também estão clamando e desejando o mesmo livramento, e por isso, devemos pedir a bênção de Deus também sobre eles. Finalmente, a quinta atitude é nosso empenho e sacrifício pessoal, pois para que a assolação seja revertida em algo novo na nossa vida, precisamos nos envolver pessoalmente, como instrumentos de Deus, para que Ele nos use nesta reconstrução. Este é o caminho de Deus para reversão da assolação! Que Deus em Cristo nos capacite para isto!

quarta-feira, 16 de junho de 2010

DECEPCIONADO COM MEUS IRMÃOS...

1 Reis 19
Este texto relata o que aconteceu com o profeta Elias logo após um dos maiores milagres operados na Terra: Deus respondeu com fôgo do céu à oração de um homem. Quando isto ocorreu, os israelitas, que estavam dividindo o lugar de Jeová com o deus cananeu "Baal", colocando-os no mesmo patamar, foram convencidos da superioridade de Jeová, melhor, de sua posição única, exclamando "Só Jeová é Deus!" Porém, logo em seguida, quando a rainha Jezabel, esposa do rei de Israel Acabe, mulher finícia, promotora do culto idolátrico entre o povo de Deus, prometeu que em 24 horas mataria o profeta, Elias certamente ficou decepcionado com o povo, pois não se pronunciaram contra, para o defender. Isto trouxe uma grande decepção do profeta para com o povo, e até mesmo para com Jeová, e por isso, desisitiu de tudo, pedindo a morte. Igualmente, nos dias atuais, a decepção é um dos problemas mais comuns nos relacionamentos, e tem muita gente decepcionada por ai. Vamos estudar as informações deste texto diz sobre este assunto. A primeira informação do texto é que às vezes somos surpreendidos com as atitudes das pessoas com as quais nos relacionamos. Nós investimos nelas, e elas não correspondem ao nosso investimento. Elas tomam atitudes totalmente contrárias ao que esperávamos. Até mesmo elas se voltam contra nós, quando, verdadeiramente, somos sinceros para com elas, querendo o seu bem. Outra informação do texto é que quando isto acontece conosco, ficamos decepcionados. E, assim, passamos a considerar que nosso relacionamento com os irmãos é perda de tempo, até mesmo tóxico, prejudicial para nós, pois começamos a julgar todos com o mesmo parâmetro, classificando-os como irremediavelmente perdidos. Outra informação do texto é que quando nos decepcionamos, ficamos deprimidos, pois ficamos desorientados, perdemos o rumo, não sabemos qual atitude tomar, ficamos desmotivados, desanimamos e queremos parar com tudo; por isso, nos sentimos sós, abandonados, incompreendidos, frustrados. Entretanto, a quarta informação do texto é que, graças a Deus, o Senhor não abandona você em sua decepção, mas Ele promove o seu tratamento: 1) Lhe alimenta com Sua Palavra e com Sua presença através do Espirito Santo para fortalecer o seu espírito; 2) Promove um encontro particular seu com Ele para revelar mais intimamente o caráter dEle e demonstrar que você está errado na forma que você pensa que Ele é e na maneira que você imagina que Ele vai agir; 3) Ele lhe ensina que a sua vida é conduzida por Ele, não por você! 4) Ele reafirma o seu chamamento através de novas incumbências; 5) Ele lhe revela que nem todos são hipócritas, manipuladores e maus, mas que existem muitos fiéis, leais e sinceros diante dEle! 6) Ele lhe diz que cabe a Ele, e não a você, o tratamento dos maus, pois você não tem capacidade para isto. Finalizando: o Senhor Jesus não aceita que nós fiquemos paralizados por causa de nossa decepção com as pessoas e até mesmo com Ele, pois não existem razões para tal. O apóstolo Paulo, em 2 Co 1.3-7, afirma explicitamente que ele mesmo sofria decepções, mas que estas eram utilizadas por Deus para lhe enviar pleno consôlo, para que ele pudesse consolar os demais irmãos com o mesmo consôlo divino. Tambem afirmou que, pelo motivo deles também sofrerem decepções, isto garantia que eles também seriam consolados plenamente pelo Senhor Jesus. Portanto, concluimos que Não podemos ficar desorientados e paralizados pela decepção, pois em Cristo nós temos abundante consolação! Que o Senhor Jesus faça transbordar na sua vida este pleno consolo. Em Cristo, Pr. Paulo Grigório