segunda-feira, 29 de agosto de 2011

PARA FRENTE, SEMPRE!

Hebreus 12.12-17
O Escritor desta epístola se mostra preocupado com a saúde espiritual dos irmãos, destinatários desta carta, pois estavam vacilando em sua fé no Evangelho de Cristo. Por isso, os exorta para que cessassem este andar vacilante, e passassem a caminhar firmemente.
A verdade bíblica continua válida em nossos dias.
Em nossa caminhada no Evangelho, precisamos parar de andar tropeçando, com mãos inativas. Antes, precisamos ser produtivos para Deus, caminhando firmemente nas trilhas do Caminho de Deus, que é a sua vontade plena.
As trilhas deste caminho são:
(1) A trilha da comunhão com o Corpo de Cristo.
Ter comunhão abrange viver em paz com os irmãos, bem como viver para eles.
Você não pode viver isoladamente, dentro da igreja, pois Deus criou a igreja porque pretendia que seus servos tivessem uma vida interligada uns com os outros. Ela é formada de tal maneira que para funcionar necessita do trabalho em conjunto de cada membro; do mesmo modo, cada membro para realizar necessita estar inserido e integrado ao todo, sendo parte complementar deste, e se complementando nos demais.
Para tanto, você deve esforçar-se com o objetivo de cultivar a paz com os irmãos. O Escritor de Hebreus não sugere esta opção, mas é muito incisivo quando ordena, pelo Espírito Santo, "segui a paz com todos". Assim, você deve cultivar a paz com as sementes da cordialidade, do respeito mútuo, do exercício do perdão bíblico, da renúncia, da misericórdia, da bondade, do altruísmo, e de outras semelhantes.
Entretanto, não cumprimos nossa obrigação simplesmente semeando, mas sobre nós repousa a responsabilidade de cuidarmos para que estas sementes germinem, que as plantinhas venham a crescer até darem frutos. Isto significa um empenho pessoal e constante, paciente e perseverante, no exercício das qualidades espirituais em relação aos relacionamentos no Corpo de Cristo. Tenha um zelo especial para com cada um dos seus relacionamentos, primando para que sejam fortalecidos a cada dia.
Você deve sempre se lembrar que o Corpo de Cristo é formado por santos em aperfeiçoamento. Por isso, não exija perfeição dos seus irmãos, pois você mesmo apresenta, ainda, imperfeições e deformidades, que eles precisam tolerar.
Assim, tenha sempre uma disposição interior de beneficiar seus irmãos, desenvolvendo sua capacidade de suportar e perdoar as deficiências deles, aprendendo a vida em comum do cristianismo.
(2) A trilha da santificação.
Outra determinação é o cuidado pela integridade espiritual, fator essencial para a visão do Senhor.
Há alguns anos um edifício residencial ruiu repentinamente, em Recife, quando muitas pessoas morreram, e grandes foram os prejuízos materiais. A perícia constatou irregularidades na construção deste e de outros prédios vizinhos, efetuada com material de baixa qualidade, ou seja, contaminado, sendo necessária a demolição de todos.
Da mesma maneira ruiremos, se nossa construção espiritual, ou seja, nossa vida cristã for edificada com material contaminado, isto é, através de ações e intenções pecaminosas.
Por isso, não se contamine: não deixe as impurezas penetrarem seu ser, inutilizando sua constituição espiritual. Não permita que atitudes pecaminosas se tornem comuns em sua vida, mas tenha um posicionamento que busque a santificação constante em todas as áreas do seu ser.
Você deve preservar sua identidade espiritual, para tanto não se misture com as pessoas ímpias, não se torne igual os descrentes, mas destaque-se pelo que você é em Cristo.
(3) A trilha da abertura à graça de Deus.
A graça de Deus, aqui neste texto, é o Seu gracioso plano da salvação.
Se nós trocarmos esta oportunidade única de redenção em Cristo, nos perderemos.
Alguns julgam o plano de Deus muito simples, e querem acrescentar obrigações rituais e de boas obras, mas com isto estão se abstendo da bondade divina, graciosa e desmerecida, estendida a todos os homens.
Se você "judaizar" ou "legalizar" o cristianismo, vivendo religiosamente, acrescentará dores e frustrações à sua vida.
Por isso, você deve viver o Evangelho da Graça, crendo que os méritos do Senhor Jesus são suficientes para sua salvação, submetendo-se à Sua ação bondosa, que lhe dá vida, saúde e produtividade espirituais.
(4) A trilha do paladar espiritual.
O veneno das heresias é extremamente pernicioso ao povo de Deus, Dt. 29.18: "Para que entre vós não haja homem, nem mulher, nem família, nem tribo, cujo coração hoje se desvie do SENHOR nosso Deus, para que vá servir aos deuses destas nações; para que entre vós não haja raiz que dê veneno e fel".
Se alguém se deixa enganar por um princípio não-bíblico, estranho ao Evangelho, contamina sua alma, com isto enfraquece-se e adoece espiritualmente, podendo se perder.
Além disso, esta pessoa pode influenciar outras com seu veneno, tirando a harmonia da igreja, e assim, afastando-as de Deus.
Por isso, você deve ter um paladar sensível, que faça distinção entre verdade bíblica e heresia. Para tanto, você deve conhecer a Palavra de Deus, através da leitura e estudo, individualmente e coletivamente, nas ministrações efetuadas na Igreja.
(5) A trilha do zelo espiritual.
Devemos valorizar as coisas de Deus, classificando-as como inegociáveis.
Se assim não fizermos, iremos negociar os santos valores espirituais, trocando-os por supostos benefícios imediatos e temporais, que, na realidade, apenas são paliativos, mas que a curto prazo revelam sua inutilidade para a nossa felicidade, pois nos afastam de Deus e da Sua salvação.
Você deve valorizar as coisas de Deus, jamais negociar os privilégios que Deus lhe deu: você foi feito filho de Deus, com o direito da primogenitura em Cristo, portanto, possuidor da porção dobrada da herança. Por isso, nada neste mundo compensaria a troca do que você tem e do que você é em Jesus.
Se desprezarmos o que temos e o que somos em Cristo, e o trocarmos pelos valores carnais e pecaminosos, perderemos a salvação, mesmo que novamente a busquemos com remorsos e dor.
Mas, se como Jacó, valorizarmos e buscarmos as bênçãos de Deus, então grande será a colheita que teremos, que certamente virá após o período de provações que passarmos. Esta colheita de bênçãos nos fará esquecermos as dores vividas, e encherá nosso coração de gratidão e reconhecimento da bondade graciosa do Senhor!
"Menor sou eu que todas as beneficências, e que toda a fidelidade que fizeste ao teu servo; porque com meu cajado passei este Jordão, e agora me tornei em dois bandos", Gn. 32.10.
Se não temos firmeza nos caminhos do Senhor, e conseqüentemente, somos improdutivos na casa de Deus, então é porque temos estas atitudes erradas:
1ª) Estamos sendo egoístas e individualistas, por isso, vivemos brigando e promovendo separatismos na Igreja;
2ª) Estamos nos igualando àqueles que não conhecem ao Senhor, sendo desonestos, mentirosos, enganadores, malignos e imorais em nosso espírito;
3ª) Estamos sendo religiosos, tentando substituir fidelidade por sacrifícios ritualísticos, nos impondo obrigações cerimoniais com o objetivo de merecer o favor de Deus;
4ª) Estamos acreditando em princípios sem os conferir na Palavra de Deus, e assim, crendo em doutrinas de homens e até mesmo de demônios, envenenando nosso espírito e dos outros com os quais nos relacionamos;
5ª) Estamos trocando as bênçãos de Deus por benefícios temporais, desprezando os valores espirituais de Deus.
Porém, a ordem do Espírito Santo é: "CHEGA DE CAMBALEAR! FIRME SEUS PASSOS NA VONTADE DE DEUS!”
1. Faça parte do Corpo de Cristo: integre-se e dependa dEle.
2. Livre-se de toda contaminação do pecado e cuide da sua pureza espiritual.
3. Creia que a sua salvação é devida exclusivamente aos méritos de Cristo, e permita que a bondade graciosa e imerecida de Deus se manifeste em você.
4. Submeta todo ensinamento à Palavra de Deus e não se envenene com heresias.
5. Dê o devido valor às coisas de Deus, jamais negociando seus privilégios em Cristo.
E, assim, VOCÊ CAMINHARÁ FIRMEMENTE NA VONTADE PLENA DE DEUS, SENDO VERDADEIRAMENTE UMA ÁRVORE FRUTÍFERA PLANTADA NOS ÁTRIOS DA CASA DE DEUS!
Sl. 32.13 "Os que estão plantados na casa do SENHOR florescerão nos átrios do nosso Deus”.
Autor: Pr. Paulo Grigório da Silva